Provavelmente o primeiro Kart em Portugal

Este artigo, foi publicado no segundo Anuário da Rota K corria o ano de 1999. Resolvemos partilhá-lo convosco, pois é um testemunho de uma paixão que poderá aí ter nascido a nível nacional.
Eng. Castro Pereira (Esq.) e Sr. Raul Ferreira Farinha (Dta.), provavelmente os construtores do 1º Kart em Portugal.

(… Não… Não é o 1º carro da Rota K, mas é talvez um dos primeiros Karts fabricados no nosso país .

Com a passagem de Milénio e a abertura de mais um ano competitivo, temos o prazer de vos apresentar uma das raras fotos dos primeiros Karts que fizeram as delicias dos donos, amigos e curiosos, que aos fins-de-semana iam brincar e ás vezes competir uns com os outros. Tal como actualmente, os curiosos achavam bastante piada e não compreendiam como era possível que alguém se divertir a conduzir um “carro de bolso” que,  para além de não virar como os normais, também os queimava e lhes magoava as costas, sujando-lhes a cara de óleo e borracha. No entanto tais pilotos saíam do carro com um sorriso de orelha a orelha. Tal como nós esses pioneiros da modalidade respondiam-lhes apenas com três palavras :  “QUE GRANDE GOZO  “.

 Esta foto é um testemunho desses primeiros Pilotos e respectivo Kart, tendo-nos sido amavelmente cedida pela família.

Esta maravilha da técnica (para a época), foi fabricada pelo Sr. Raul Ferreira Farinha nas oficinas da Refinaria do Ultramar corria o ano de 1960 e estava equipada com pneus de reboque, motor de moto – serra MAK CLOK com 4 cavalos e um chassis tubular feito á medida do piloto, Eng. Castro Pereira, (devia ser horrível conduzir com aquele baquet)

Foi usado pelo piloto, mecânico e amigos como diversão e nunca para competição. Devido ao facto de nesse tempo não existirem ainda corridas organizadas utilizava-se a  pista dos comandos da Amadora,  correndo-se também junto ao Forte do Bom Sucesso.

 Infelizmente, no nosso campeonato não temos a participação de descendentes desses dois pioneiros do Karting Nacional, mas agradecemos imenso o facto de terem partilhado este “testemunho de paixão” connosco.)…

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